Equatoriano morto em ataque da Colômbia não era das Farc, diz família

Guillermo Aisalia, pai do equatoriano Franklin Guillermo Aisalia Molina, uma das supostas vítimas do ataque colombiano ao acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em território equatoriano no dia 1º de março, negou nesta segunda-feira (24) que seu filho fazia parte da organização guerrilheira, como o governo colombiano alegou para justificar sua morte e para ter se apropriado de seu cadáver.

Aisalia negou também que seu filho apareça em uma foto junto a integrante das Farc Nuria Calderón, como mostrou o canal equatoriano "Teleamazonas". Ele disse à rádio "Citynoticias", do Equador, que seu filho "nunca teve a roupa que está usando (o homem na fotografia). Seu bigode nunca foi cheio. O senhor da fotografia tem o cabelo um pouco crespo, meu filho não é crespo".

O Ministério da Defesa da Colômbia comunicou que o cadáver trasladado a Bogotá em 1 de março junto ao do guerrilheiro das Farc Raúl Reyes é "possivelmente" o de Franklin Ponelia Molina, o qual, segundo o ministério, teria o pseudônimo "Lucho".

O canal Teleamazonas divulgou no domingo uma foto de "Esperanza", qualificada como "chanceler" das Farc no Equador, junto a Maria Augusta Caller, jornalista e membro da assembléia constituinte equatoriana.

O presidente equatoriano, Rafael Correa, afirmou no sábado que seria "muito grave" se fosse comprovado que o corpo levado à Bogotá é de um equatoriano, como sugerem os depoimentos dos pais de Aisalia.

"Seria um equatoriano morto em território do Equador por tropas estrangeiras. Não deixaremos este assassinato na impunidade", advertiu Correa.

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