O presidente equatoriano, Rafael Correa, ordenou neste sábado (1.º) uma investigação militar sobre os combates registrados nesta madrugada na zona fronteiriça com a Colômbia, onde faleceu o "número dois" das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Raúl Reyes. Correa, além disso, admitiu que alguns "combates vieram do lado equatoriano". O líder equatoriano confirmou que seu colega colombiano, Álvaro Uribe, lhe comunicou por telefone sobre os combates na zona fronteiriça. De acordo com Uribe, "parece que as Farc penetraram em território equatoriano, então é preciso esclarecer melhor o incidente", disse Correa.
Os combates resultaram na morte de um soldado colombiano e de 17 guerrilheiros, além de 11 combatentes das Farc feridos e capturados, sendo que entre os mortos estava o comandante Raúl Reyes, um dos principais líderes das forças revolucionárias. Até agora não houve qualquer reação imediata da guerrilha e ainda não está claro como a morte de Reyes poderá afetar os esforços de negociação para a libertação dos seqüestrados em poder do grupo, incluindo a ex-candidata à presidência da Colômbia Ingrid Betancourt.