Equador está satisfeito com Resolução da OEA sobre a Colômbia

O governo equatoriano classificou nesta terça-feira (18) como "suficiente" a decisão tomada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) na segunda-feira (17), repudiando o ataque colombiano, em território equatoriano, ocorrido em 1 de março.

Em declaração ao canal equatoriano Teleamazonas, o chanceler colombiano, Eduardo Egas, disse nesta terça que a resolução da OEA "é suficiente porque houve uma condenação por parte da comunidade internacional" e que todos os governos da região reconheceram que a incursão da Colômbia foi "uma violência à soberania equatoriana".

O chanceler negou que a decisão da OEA seja um triunfo para o Equador, mas disse que o país "conseguiu respeitar sua posição com dignidade". "Esta, possivelmente, será a última vez que a Colômbia, de maneira descuidada e sem nenhuma consideração, viola uma situação pactuada e viola os acordos como tal", afirmou.

Egas declarou ainda que o Equador havia recebido "desculpas e promessas" da Colômbia pelas incursões realizadas nos meses anteriores e que, após a invasão de 1 de março, decidiu que esta "será a última" e que levará o caso "aos foros internacionais".

O chanceler disse que foi um "triunfo" para o Equador ter levado a discussão a foros internacionais, que reconheceram a violação de sua soberania, e que se tenha chegado a um acordo diante da comunidade internacional de que isso não voltará a ocorrer.

Segundo Egas, o governo equatoriano "avaliará todo o panorama" em que ocorreu a resolução da OEA "para ver se as condições já estão totalmente maduras para um restabelecimento das relações diplomáticas" e "se efetivamente o aval que os demais sócios da região nos dão é suficiente para prosseguir nesta relação".

O chanceler equatoriano lembrou que "as relações econômicas não foram interrompidas e a posição do governo tem sido de que sigam em frente", pois as divergências entre os dois países "se referem à dignidade e ao respeito à soberania de um povo".

Egas fez também um apelo aos cidadãos colombianos para que "analisem a posição que a Colômbia e seu governo estão assumindo. É preciso parar essa campanha midiática para que não atrapalhe o restabelecimento de uma relação" diplomática, concluiu.

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