Em um sinal de que as relações entre o Equador e o Banco Mundial (Bird) ainda não melhoraram, o presidente equatoriano Rafael Correa abandonou, neste sábado, uma apresentação feita pela organização durante a cúpula dos países ibero-americanos na capital do Paraguai. Criticando as “políticas neoliberais” do Bird e em protesto contra a recusa do banco em emprestar recursos ao país no passado, Correa deixou a apresentação da vice-presidente para a América Latina do Bird, Pamela Cox.

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“Não há razão para ouvirmos o Bird a não ser que seja para recebermos um pedido de desculpas”, disse Correa ao presidente do Paraguai, Fernando Lugo, antes de sair da sessão plenária. Ele disse que retornaria após o fim da apresentação de Cox.

Em abril de 2007, no seu primeiro ano no cargo, Correa declarou que o representante do Bird, Eduardo Somensatto, era “persona non grata” e o expulsou do país. A expulsão de Somensatto foi uma manifestação de repulsa do governo do Equador a uma decisão do Bird de não entregar um empréstimo de US$ 100 milhões em 2005, quando Correa era então ministro da Economia.

Desde aquele momento, Correa fortaleceu suas ligações com a China e negociou um empréstimo de US$ 2 bilhões com o país asiático. O equador declarou o default de US$ 3,2 bilhões em bônus do governo em 2008, o que fechou o seu acesso aos mercados de capitais internacionais. As informações são da Dow Jones.

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