Os suspeitos beneficiários de subornos milionários pagos pela Odebrecht na República Dominicana pediram nesta quinta-feira à Suprema Corte do país a suspensão da prisão preventiva, com o argumento de que não existe perigo de fuga nem evidência concreta de que delitos foram cometidos por eles.

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A Suprema Corte abriu uma audiência para debater caso a caso a apelação de cada um dos dez suspeitos, entre eles Temístocles Montás, que era ministro de Indústria e Comércio quando foi preso. Os dez detidos, oito em cárcere privado e dois em prisão domiciliar, foram presos em maio, logo depois que a Odebrecht entregou à Procuradoria um relatório sobre os subornos pagos no país.

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Executivos da Odebrecht revelaram às autoridades dos Estados Unidos e do Brasil que pagaram subornos de US$ 788 milhões desde 2011 para conseguirem contratos milionários com governos de dez países da América Latina e dois da África. No caso da República Dominicana, os pagamentos ilegais somaram US$ 92 milhões.

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Montás, membro da cúpula do governista Partido da Liberação Dominicana, asseguou que não firmou nem negociou os 17 contratos da Odebrecht com o governo e, em sua apelação, estimulou que foi incluído em uma investigação com o argumento de que, na última década, seu patrimônio pessoal aumentou, mas que a Procuradoria não considerou todas as fontes dadas por sua defesa. Fonte: Associated Press.