Um importante enviado norte-coreano entregou uma carta do líder Kim Jong Un para o presidente chinês Xi Jinping nesta sexta-feira, como parte dos esforços para fazer as pazes, depois de Pyongyang ter irritado Pequim com suas atitudes de desdém e ações para desenvolver seu programa nuclear.

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A agência oficial de notícias China News Service disse que o vice-marechal norte-coreano Choe Ryong Hae entregou uma carta escrita à mão de Kim para Xi, durante uma reunião ocorrida à tarde no Grande Salão do Povo, no centro de Pequim. Não foram divulgados detalhes sobre o conteúdo da carta.

A reunião aconteceu após uma incomum brecha de seis meses nos contatos de alto nível, durante os quais Pyongyang irritou Pequim por realizar lançamentos de foguetes, um teste nuclear e outras atitudes ameaçadoras, que elevaram as tensões entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos.

Pequim considerou as medidas como uma afronta a seus interesses na estabilidade regional e demonstrou seu descontentamento ao se reunir aos Estados Unidos no apoio a sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) contra Pyongyang e cortou relações com o Banco de Comércio Exterior da Coreia do Norte.

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A Coreia do Norte também frustrou Pequim quando se recusou a aceitar reuniões de alto nível, além de ter irritado a opinião pública chinesa com a detenção de um grupo de pescadores chineses.

A visita de três dias de Choe a Pequim acontece antes de uma reunião na Califórnia, marcada para o início do mês que vem, entre Xi e o presidente Barack Obama, assim como uma viagem para Pequim da presidente sul-coreana Park Geun-hye, no final de junho.

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A China é o último aliado diplomático significativo da Coreia do Norte e principal parceiro comercial e fonte de ajuda econômica assistencial. As ligações entre os governos comunistas têm sido marcadas pelo sigilo e não se sabe se o conteúdo da carta de Kim será algum dia revelado.

Acredita-se que a China concordou com a visita de Choe somente depois de Pyongyang ter se comprometido a voltar ao processo de negociação e exigiu que o enviado declarasse isso publicamente duas vezes antes de seu encontro com Xi. As informações são da Associated Press.