O enviado do governo do Japão à Coreia do Norte encerrou nesta sexta-feira uma visita de três dias ao país, mas não quis dar detalhes sobre suas conversas com as lideranças do governo de Pyongyang.
A viagem de Isao Iijima seguiu-se a várias semanas de tensões crescentes entre o regime de Kim Jong Un e a vizinha Coreia do Sul na península coreana, com ameaças de Pyongyang contra Seul, Washington e Tóquio.
“Tive horas de conversas sérias e longas (com autoridades norte-coreanas) durante minha visita”, disse Iijima à imprensa após chegar a Pequim, mas o enviado japonês declarou que não daria detalhes dessas conversas. “Não falarei com ninguém da imprensa. Pretendo informar ao primeiro-ministro (Shinzo Abe) sobre minhas conversas.”
O Japão é um participante das negociações agora inativas das seis nações que buscam pôr fim ao programa nuclear da Coreia do Norte, e seu fracasso em informar previamente aos aliados EUA ou à Coreia do Sul sobre a visita a Pyongyang causou estranheza.
O principal enviado dos EUA à Coreia do Norte, Glyn Davies, que visitou a Coreia do Sul, China e Japão nesta semana, disse anteriormente que esperava saber mais sobre a visita de Iijima aos norte-coreanos. Hoje, após reuniões no Ministério de Relações Exteriores do Japão, ele preferiu não comentar as negociações.
O chanceler do Japão, Fumio Kishida, disse nesta sexta-feira que a cooperação entre Japão, EUA e Coreia do Sul é extremamente importante para resolver os problemas com a Coreia do Norte. “Precisamos fazer esforços no futuro para garantir uma boa comunicação entre nós”, disse Kishida após ser questionado pela imprensa a respeito das queixas da Coreia do Sul sobre a visita de Iijima. As informações são da Associated Press.