Enviado da ONU pede ajuda do Irã para cessar fogo

O enviado especial da ONU (Organização das Nações Unidas) à Síria, Lakhdar Brahimi, pediu ajuda hoje às autoridades do Irã para propor um cessar fogo durante o feriado islâmico de Eid al Adha, no final de outubro.

Em visita à Teerã, ele fez o pedido ao governo da República Islâmica para tentar convencer o regime de Bashar Assad a parar com a atividade militar durante o período da festa religiosa, que é celebrada por muçulmanos de todo o mundo.

Durante a reunião, pediu novamente que a oposição e o governo empreendam uma solução política para a Síria. Para ele, a situação do país piora a cada dia e é urgente a necessidade de diminuir a violência.

Apesar dos apelos do enviado especial, seguem os combates na Síria. De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, pelo menos oito soldados morreram em enfrentamentos nesta segunda em Aleppo e três crianças foram mortas durante bombardeio em Bukamal, no leste sírio.

As mortes acontecem um dia depois de cerca de 150 pessoas morrerem no país. Nesta segunda, a agência de notícias Sana anunciou que o regime de Assad vai restaurar a mesquita de Umayyad, em Aleppo, que foi destruída durante os confrontos.

Construído no século 13, o templo religioso pertence ao patrimônio cultural da Unesco e sofreu um grave incêndio que danificou obras e sua estrutura. Os rebeldes e o governo se acusam entre si pela destruição da mesquita.

Sanções

Devido à intensificação dos confrontos, a União Europeia ampliou as sanções econômicas a 28 empresas e três pessoas vinculadas à compra de materiais usados pelo regime sírio na repressão aos opositores.

Todos eles terão seus ativos econômicos na UE congelados e os sancionados terão vetada sua entrada em território europeu, somando-se a uma “lista negra” na qual já figuram cerca de 150 pessoas e meia centena de companhias.

O pacote inclui, além disso, uma proibição para que companhias europeias comprem armas sírias ou prestem serviços para a exportação de armamento, como transporte e seguros, a fim de continuar cortando vias de financiamento ao regime de Damasco.

A ação se soma a toda uma série de sanções nesse sentido, entre as quais se incluem um embargo à compra de petróleo e restrições aos intercâmbios financeiros.

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