A fonte da água altamente radioativa que está vazando para o oceano da usina nuclear Fukushima Daiichi foi identificada neste sábado, mas as autoridades não sabem dizer se a descoberta vai estancar a contaminação, que já se espalhou por 40 quilômetros em mar aberto.
A Tokyo Electric Power Co. (Tepco), operadora da usina, disse ter encontrado uma rachadura de 20 centímetros numa câmara de dois metros de profundidade onde estão os cabos do reator número 2 que, acredita-se, seja a fonte de vazamento de água altamente tóxica do núcleo do reator.
Trabalhadores descobriram que o cano, que tem água radioativa que está a uma profundidade entre 10 e 20 centímetros, apresenta contaminação de mais de 1,000 millisieverts numa hora, uma concentração altamente perigosa. O nível de contaminação da água no momento não estava disponível. Este alto nível de radioatividade também foi encontrado numa trincheira usada para levar cabos e vários canos para a unidade número 2.
As autoridades disseram que a água altamente radioativa deve ter se originado das varetas de combustível danificadas do reator, mas não conseguiram rastrear a razão exata para o vazamento. Embora acreditem que o recipiente de pressão e o recipiente de contenção estejam com suas estruturas intactas, admitem que pode haver um vazamento na junção entre os canos e o recipiente.
A Agência de Segurança Industrial e Nuclear disse que concreto começou a ser jogado na rachadura para fechá-la. Não foi confirmado, porém, se o vazamento foi estancado, disse a agência.
Mas a água contaminada se espalhou por uma área bastante ampla. A agência se segurança nuclear disse, mais cedo, que foi detectado na água do mar o dobro do nível admissível de iodo radioativo a cerca de 40 quilômetros ao sul da usina nuclear Fukushima Daiichi. As informações são da Dow Jones.
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