Enchentes afetaram 12 milhões, informa Paquistão

Helicópteros com suprimentos de emergência para os atingidos pelas enchentes não puderam levantar voo hoje, no noroeste do Paquistão, por causa das violentas chuvas na região. Segundo as autoridades, 12 milhões de pessoas foram afetadas pelos temporais e 650 mil casas foram destruídas.

Militares norte-americanos que esperavam levar ajuda ao Vale do Swat não puderam trabalhar por causa das tempestades na região, onde milhares de pessoas estão abrigadas em barracas ou em prédios públicos lotados. Na última semana, as enchentes provocadas pelas chuvas de monções se espalharam pelo noroeste do Paquistão, matando cerca de 1.500 pessoas.

Cerca de 30 mil soldados paquistaneses estão reconstruindo pontes, entregando comida e levantando campos para os desabrigados na região, que é também o principal campo de batalha contra a Al-Qaeda e o Taleban. Países estrangeiros e a Organização das Nações Unidas (ONU) doaram milhões de dólares.

Nadim Ahmed, presidente da Autoridade Nacional de Gestão de Desastres, disse que até agora 12 milhões de pessoas foram afetadas pelas enchentes e que 650 mil casas foram destruídas numa área de 132 mil quilômetros quadrados, o que faz da catástrofe a maior já registrada no país, embora com menos vítimas do que o terremoto de 2005, na Caxemira.

Entidades assistenciais islâmicas também colaboram na ajuda às vítimas. Dentre elas está a Fundação Falah-e-Insaniat, que, segundo autoridades ocidentais, é ligada ao Lashkar-e-Taiba, grupo responsabilizado pelos ataques de 2008, em Mumbai.

O presidente da fundação, Hafiz Abdur Rauf, disse que a ajuda oferecida pelo Exército dos Estados Unidos é bem-vinda. Ele informou que o grupo está coordenando 12 instalações médicas e fornecendo comida para 100 mil pessoas. A fundação prestou assistência após o terremoto na Caxemira sob um nome diferente.