Enchentes mataram quatro pessoas e forçaram a remoção de outras 94 mil na cidade de Dandong, Norte da China, depois que fortes chuvas provocaram o transbordamento do rio Yalu, de acordo com a mídia estatal. As chuvas continuaram neste domingo na região que faz fronteira com a Coreia do Norte, mas a agência de notícias oficial chinesa Xinhua relatou que o nível da água do rio havia baixado e o de seus afluentes já estava abaixo dos níveis mais alarmantes.
Xinhua informou a morte de quatro pessoas: um casal de idosos, além de uma mãe e seu filho. Uma autoridade do Departamento de Recursos Hídricos na província de Liaoning, onde está Dandong, confirmou as mortes mas não deu detalhes. A fonte pediu para não ser identificada.
Para a China, a enchente de Dandong é o desastre mais recente na pior temporada de inundações em uma década. Deslizamentos de terra causados pelas tempestades soterraram comunidades inteira no Oeste da China e mataram mais de 2,5 mil pessoas. Autoridades na província de Gansu, no Norte, afirmaram neste domingo que cancelaram os esforços de resgate de 330 pessoas desaparecidas depois que, em 8 de agosto, um deslizamento matou 1.435 pessoas em Zhouqucounty, de acordo com a Xinhua. Os governos temem que as escavações em busca de corpos que estão enterrados há mais de duas semanas possa espalhar doenças.
A agência de notícias oficial da Coreia do Norte, Korean Central News Agency, também relatou chuvas torrenciais e alagamentos no rio Yalu, ou Amnok como é conhecido na Coreia, atingindo casas, prédios públicos e áreas agrícolas em mais de cinco vilarejos próximos a Sinuiju, cidade que está no lado oposto a Dandong.
A reportagem descreveu Sinuiju e os arredores como um lugar que foi “severamente afetado” pelas enchentes e disse que autoridades, como o exército e forças civis, estão envolvidas nos trabalhos de resgate. Segundo a agência, pelo menos 5,15 mil pessoas tiveram de sair da região. Alguns residentes estavam subindo nos telhados das construções ou buscando abrigo em lugares mais altos.
Boa parte do comércio da Coreia do Norte com o resto do mundo passa pela cidade, formando uma linha vital para o país, cuja economia é praticamente isolada. Enchentes em anos anteriores destruíram lavouras e agravaram a pobreza, aumentando a dependência de ajuda alimentar internacional. As informações são da Associated Press.