A presidente Cristina Kirchner e seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007), não serão mais investigados pelas suspeitas de enriquecimento ilícito. A Vara Federal portenha anunciou o encerramento do processo que investigava o aumento da fortuna do casal presidencial, que entre 2003 – ano em que Néstor Kirchner tomou posse – e 2008 aumentou em 497%. Só no primeiro ano de governo da presidente Cristina (2008), o aumento foi de 158%.
A Vara Federal confirmou a decisão, tomada dias atrás, pelo juiz federal Norberto Oyarbide, que havia declarado que o casal Kirchner não tinha motivos para ser processado, pois o enriquecimento de ambos “não apresentava irregularidades”. O ex-presidente Kirchner, ao saber da suspensão das investigações sobre suposto enriquecimento ilícito, ressaltou que seu aumento de patrimônio está “justificado”.
O promotor federal Eduardo Taiano não apelou da decisão de Oyarbide. A omissão do promotor foi encarada como uma atitude suspeita pelos líderes da oposição. A União Cívica Radical (UCR), o principal partido da oposição, anunciou que pedirá o julgamento político de Taiano.
A decisão do juiz Oyarbide também não foi questionada pelo diretor da Promotoria de Investigações Administrativas (Fia), órgão que, teoricamente, deveria investigar os atos de corrupção ocorridos dentro do Estado argentino.
