O conselheiro especial encarregado da investigação sobre a suposta intromissão russa nas eleições americanas do ano passado, Robert Mueller, convocou um grande júri em Washington para o caso – um sinal de que seu inquérito está crescendo em intensidade e entrando em uma nova fase, de acordo com duas pessoas familiarizadas ao assunto.

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O grande júri, que começou seu trabalho nas últimas semanas, é um sinal de o inquérito de Mueller deve avançar nos próximos meses. O porta-voz de Mueller, Joshua Stueve, se recusou a comentar. Moscou tem negado que procurou influenciar a eleição americana e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem rejeitado vigorosamente as alegações de conluio entre membros de sua campanha presidencial e autoridades russas. Trump chamou o inquérito de Mueller de “caça às bruxas”.

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Ty Cobb, conselheiro especial do presidente, disse que não estava ciente de que Mueller começou a usar um grande júri. “Assuntos de grande júri são tipicamente secretos”, disse. “A Casa Branca apoia qualquer coisa que acelere a conclusão de seu trabalho justamente e está comprometida em cooperar com Mueller”.

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Grandes júris são poderosas ferramentas de investigação que permitem que procuradores exijam documentos, intimem testemunhas e entrem com acusações, caso haja evidência de crime.

Os acontecimentos se desenvolvem em meio a preocupações do Congresso de que a independência de Mueller precise ser protegida. Os senadores Thom Tillis (republicano) e Chris Coons (democrata) introduziram um projeto de lei hoje para dificultar a demissão de Mueller por Trump.

De acordo com um relatório de agências de inteligência dos EUA, autoridades do governo russo estavam diretamente envolvidas na interferência nas eleições, através de ataques cibernéticos nos sistemas eleitoras, vazamento de informações de estrategistas políticos e comitês de partidos e disseminando notícias negativas sobre a então candidata democrata, Hillary Clinton, nas redes sociais.

Trump questionou a neutralidade da equipe de Mueller e disse à Fox News que está preocupado que os procuradores de Mueller sejam “apoiadores de Hillary Clinton” e que a esposa de Mueller e o ex-diretor da Agência Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês), James Comey – que foi demitido por Trump – são amigos. Fonte: Dow Jones Newswires.