Empresa investigará explosão de foguete nos EUA

Os representantes do foguete espacial não tripulado que explodiu na terça-feira momentos após o lançamento prometeram que irão investigar as causas que levaram à destruição do equipamento. A missão tinha como objetivo levar suprimentos e materiais à Estação Espacial Internacional e seu fracasso pode significar problemas para os planos dos Estados Unidos de terceirizar parte das operações da Nasa, agência espacial do país.

Funcionários da Orbital Sciences, empresa responsável pelo lançamento, pretendiam ir ao local do acidente na manhã desta quarta-feira para procurar pedaços do foguete Antares e do módulo de carga Cygnus no complexo da Nasa nas ilhas Wallops, na Virgínia. A companhia pediu ainda que os moradores locais não toquem nos destroços dos equipamentos, pois carregavam materiais perigosos. Dentre eles, um rastreador de meteoros e 32 mini satélites.

Segundo Bill Wrobel, diretor da unidade onde o incidente ocorreu, o foguete carregava mais de 2,2 toneladas em experimentos e equipamentos, bem como refeições e tortas de Maryland para um astronauta norte-americano que está na estação há cinco meses. De acordo com o gerente de programa da estação espacial da Nasa, Mike Suffredini, todos os suprimentos serão substituídos e levados ao espaço em uma nova missão.

O vice-presidente executivo da Orbital Sciences, Frank Culbertson, afirmou que a companhia possuía seguro para a missão, que ele avalia em mais de US$ 200 milhões. O número, no entanto, não contabiliza os custos de reparo na base de lançamento, a única da empresa. “Não iremos voar até entendermos a causa do problema”, disse Culbertson, acrescentando que levará algumas semanas somente para avaliar a extensão dos danos na base e quais são os reparos necessários.

O acidente pode levar a uma revisão da política da Nasa de confiar em companhias norte-americanas para certas missões. A agência tem pago bilhões de dólares para a Orbital Sciences e à SpaceX para fazer entregas à estação espacial. A última empresa, junto à Boeing, também deve começar a levar astronautas ao espaço a partir de 2017. Até esta terça-feira, contudo, todas as missões comerciais obtiveram êxitos quase que sem cometerem erros. Fonte: Associated Press.

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