A Embraer desmentiu ontem a informação da imprensa oficial chinesa de que a Administração da Aviação Civil da China apontou problemas técnicos no modelo de avião que caiu anteontem, o E-190, durante workshop com empresas aéreas em junho de 2009. Entre os problemas estariam a quebra de hastes da turbina e erros no sistema de controle de voo. O jato que fazia o voo da Henan Airlines se partiu e pegou fogo às 21h36 (horário local), no momento em que tentava pousar em meio à forte neblina no aeroporto de Lindu, matando 42 pessoas e deixando 54 feridos.

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O representante da Embraer na China, Guan Dong Yuan, disse que a empresa nunca recebeu comunicado oficial sobre supostos defeitos no E-190. Guan ressaltou que as autoridades chinesas ainda estão investigando as causas do acidente e a Embraer colabora com os trabalhos. “O avião recebeu a certificação das autoridades chinesas para voar no país. Se houvesse qualquer dúvida sobre sua segurança, isso não teria ocorrido”, disse Guan. Com capacidade para até 120 lugares, o E-190 é o modelo de maior sucesso da Embraer.

A caixa preta do jato foi encontrada ontem e uma equipe de técnicos da empresa brasileira era esperada na China para participar das investigações. O aeroporto no nordeste da China onde um avião fabricado pela Embraer caiu anteontem foi considerado inseguro para pousos à noite pela maior empresa de aviação chinesa, que há quase um ano suspendeu as aterrissagens noturnas de suas aeronaves no local.

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