Foram concluídas com sucesso no mar da região de “Bulala”, 2 quilômetros a leste de Gela, sul da ilha italiana da Sicília, as operações de recuperação dos restos de uma embarcação grega de 500 a.C., que permaneceu conservada até hoje sob o solo argiloso a cinco metros de profundidade do mar.

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Um longo aplauso coberto pelas sirenes de cerca de 20 embarcações de apoio operacional, saudou o retorno à superfície dos restos.

 

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Trata-se de uma embarcação de madeira, com 21 metros de comprimento, naufragada há 25 séculos, a 800 metros da costa, durante uma tempestade, enquanto, carregada de mercadorias abastecidas na antiga colônia grega de Gela, retornava para sua pátria.

 

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A embarcação é uma das poucas testemunhas de barco grego-arcaico realizado com casco ligado por cordas de fibras vegetais.

 

A operação de recuperação do barco de Gela é fruto de uma parceria público-privada entre a Superintendência das Antiguidades e dos Bens Culturais de Caltanissetta, a Guarda Costeira, a empresa petrolífera ENI com suas empresas “Refinaria de Gela” e “Saipem”, além da empresa “Eureco” de petroquímicos.

 

O “Vincenzo Cosentino”, barco dotado de uma grua de 200 toneladas e câmera hiperbárica, trouxe à superfície a quilha de 11 metros de comprimento e a “roda de popa” da embarcação.

 

As partes da embarcação irão permanecer imersas por alguns dias em tanques cheios de polietileno glicol (PEG), um protetor químico, e depois serão transportadas para a Inglaterra, no laboratório Mary Rose Archeological Services, em Portsmouth, onde já se encontram há tempos os primeiros pedaços da proa, recuperados em 2004.

 

A Superintendência de Caltanissetta planeja a realização de um “Museu do Mar” a ser construído no “Bosque Littorio” de Gela, onde existia o empório da antiga colônia grega, da qual se acredita tenha saído a embarcação.