Embaixador defende legitimidade de novo governo paraguaio

O embaixador do Paraguai na OEA (Organização dos Estados Americanos), Hugo Saguier Caballero, defendeu hoje em sessão extraordinária na organização que o impeachment do presidente Fernando Lugo foi um julgamento político em acordo com a legislação paraguaia, e não um golpe de Estado, como questionam alguns países-membros.

Evocando a lei paraguaia, Saguier afirmou que o país respeita os mecanismos internacionais, mas pediu que seja respeitada a soberania de Assunção.

“Foi um processo que os representantes legítimos de seu povo concretizaram e seguem aperfeiçoando”, afirmou sobre o processo sumário que culminou na substituição de Lugo pelo vice-presidente Federico Franco no último dia 22, dizendo que o país rechaça o “imperialismo”.

Saguier, que chefia a missão há três anos e representou também o governo Lugo, narrou durante a sessão o episódio de confontação entre agricultores e policiais que resultou em 17 mortes e serviu de base para o processo de impeachment.

“[O presidente Federico Franco] é reconhecido e respeitado em todo o país, que goza de paz”, declarou. “Exortamos que os países irmãos respeitem a autodeterminação de nosso povo.”

A reunião de hoje no organismo sediado em Washington, antecipada em um dia, tem como objetivo principal a prestação de esclarecimentos a respeito do fim do governo Lugo a nove meses das eleições no país.

Sem embaixador na OEA desde o ano passado, o Brasil participa da sessão representado pelo ministro Breno Dias da Costa, encarregado da missão diplomática. Antes do início do debate e após uma manhã de reuniões, o diplomata dissera a jornalistas brasileiros que os países-membros estavam ainda divididos sobre o ocorrido.

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