O embaixador argentino no Uruguai, Hernán Patiño Mayer, lamentou as declarações "desqualificantes" e "ofensivas" do ex-presidente Luis Lacalle, que advertiu em tom crítico sobre um processo de "argentinização" no Uruguai.

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"Eu lamento (as declarações) e, além disso, digo que não imagino nenhum ex-chefe de Estado argentino utilizando o nome da República Oriental do Uruguai como um adjetivo desqualificativo", afirmou o diplomata ao jornal La República.

Em entrevista à publicação Búsqueda, o ex-presidente uruguaio (1990-1995) "alerta" que seu país está começando um processo de "argentinização", com "fraturas" e confrontos "fomentados" pelo governo da coalizão de esquerda Frente Ampla.

"Vejo alguns tons argentinóides nessa coisa dos confrontos", disse Lacalle, pré-candidato presidencial do Partido Blanco, conservador.

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"Falar de que se está argentinizando algo é uma adjetivação desqualificante e quase insultante", respondeu Patiño Mayer, que considerou que estas expressões "não ajudam" na aproximação bilateral.

Os dois governos enfrentam no tribunal internacional de Haia um dos mais graves conflitos diplomáticos de sua história, motivado pela instalação no Uruguai de uma fábrica de celulose que é acusada pelos argentinos de contaminar o rio fronteiriço.

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