A embaixada norte-americana na Argélia emitiu um alerta para alvos potenciais sobre uma ameaça da Al-Qaeda, que lançaria um ataque com mísseis contra aviões fretados por empregas estrangeiras de petróleo no norte da África.
O alerta foi dado no momento em que autoridades dos Estados Unidos expressam temores sobre o destino de milhares de lançadores de mísseis na vizinha Líbia, onde o coronel Muamar Kadafi foi derrubado no mês passado por um movimento rebelde.
“A embaixada dos Estados Unidos na Argélia recebeu informações ameaçadoras”, disse o Departamento de Estado quando perguntado sobre uma matéria de jornal que dizia que a Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI) planejava realizar ataques com mísseis contra aviões com trabalhadores de petroleiras.
“Nós continuamos a enfrentar ameaça terrorista significativa da Al-Qaeda, suas afiliadas e adeptos”, disse a chancelaria dos Estados Unidos.
Tanto a embaixada quanto o Conselho Consultivo de Segurança no Exterior, do Departamento de Estado, “agiram rapidamente para alertar sobre alvos potenciais”.
Mark Toner, porta-voz do Departamento de Estado, disse mais tarde que era de seu “conhecimento” que a ameaça envolvia ataques com mísseis da Al-Qaeda contra aviões fretados por empresas de petróleo estrangeiras.
O jornal argelino El Khabar publicou que embaixadas nas regiões do Sahel e do norte da África receberam mensagens eletrônicas de serviços de segurança norte-americanos informando que a AQMI se preparava para realizar os ataques.
O jornal fez referência à informação de que a AQIM possui um “grande número” de mísseis Sam 5 e Sam 7 que pretende usar para atacar aviões que levam funcionário de empresas estrangeiras, “particularmente britânicos e norte-americanos”.
O Departamento de Estado não disse que essas empresas eram o alvo, mas indicou que os Estados Unidos continuam a trabalhar “de perto com seus principais parceiros sobre a ameaça de terrorismo internacional, incluindo o papel que a Al-Qaeda continua a desempenhar”. As informações são da Dow Jones.