O papa Francisco chegou neste sábado à Jordânia, primeira parada de sua viagem de três dias pelo Oriente Médio. A visita do pontífice tem como objetivo destacar o diálogo entre as religiões e a necessidade da busca por uma solução pacífica para os conflitos na região, além de levar apoio à decrescente população cristã no local. Essa é a quarta vez que um papa visita o Oriente Médio.
Em sua segunda viagem ao exterior, que ele mesmo descreveu como uma “peregrinação da oração”, Francisco também passará pelas cidades de Belém e Jerusalém, em Israel.
Hoje, após sua chegada na capital Amã, o papa teve um encontro com o rei Abdullah, que manifestou seu apoio às comunidades cristãs da Jordânia, alertando para a sua proteção em todo país num momento em que os cristãos estão sob pressão das autoridades islâmicas. Esse foi o terceiro encontro entre o rei e o pontífice, que já haviam se reunido outras duas vezes em Roma.
Ao longo do dia, o papa Francisco celebrará um missa em um estádio de futebol local. Depois, concederá bênção às águas do rio Jordão, lugar onde Jesus teria sido batizado. A visita ao país prevê ainda o atendimento a refugiados e jovens com deficiência, em uma igreja próxima ao local.
O encontro reforça um importante tema do papado de Francisco, que alerta frequentemente para a situação dos refugiados e migrantes. De acordo com autoridades jordanianas, os refugiados sírios, incluindo cerca de 17 mil cristãos, compõem cerca de 20% da população do país.
A visita do pontífice ao Oriente Médio tem forte apelo diplomático, com uma acentuada atenção para o tempo público em que o papa dedicará a cristãos, judeus e muçulmanos. Destaque também para o esforço do Vaticano em incluir na comitiva de viagem um rabino assim como um clérigo muçulmano. O grupo que preparou a visita é composto por 45 pessoas e igualmente divido entre católicos, judeus e muçulmanos.