O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, chegou nesta quarta-feira ao Egito, uma das escalas de sua viagem ao Oriente Médio que tem como objetivo estimular as alianças com os Estados Unidos, em meio aos crescentes temores sobre os efeitos da guerra civil na Síria.
Em sua primeira viagem à região como chefe do Pentágono, Hagel promove as antigas relações do Exército norte-americano com aliados tradicionais – dentre eles Israel e Arábia Saudita – como uma forma de conter o Irã e deter militantes islamitas.
Hagel, que esteve em Riad na noite de terça-feira para concluir uma venda de armas para a Arábia Saudita, viajou para o Cairo para se reunir com seu homólogo, o general Abdel Fattah al-Siss. Mais tarde, ele vai se encontrar com o presidente Mohamed Morsi.
O Egito foi o primeiro país árabe a assinar um tratado de paz com Israel. Mas os Estados Unidos temem que a contínua instabilidade no país possa ter amplas consequências na região, já atingida por sérios problemas políticos.
Na terça-feira, o conselheiro legal de Morsi renunciou, alegando que a Irmandade Muçulmana monopolizou a tomada de decisão e invadiu o governo do país. A carta de demissão de Mohammed Fouad Gadallah representa as mais duras críticas vindas de dentro da previdência do Egito.
Opositores de Morsi já acusavam a Irmandade de ser o poder real por trás do presidente e afirmam que as tentativas do grupo de dominar o poder têm alimentado os tumultos no país. Em entrevista transmitida pela televisão, Morsi negou, no início da semana, que a Irmandade intervenha na tomada de decisões. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.