Milhares de iranianos gritaram “Morte à América” durante a realização de um grande protesto hoje contra o “Grande Satã”, a fim de marcar o 31º aniversário da invasão da embaixada norte-americana por estudantes muçulmanos em Teerã. Já o governo iraniano elogiou a decisão de Washington de incluir o grupo rebelde Jundallah em sua lista de organizações terroristas estrangeiras. Segundo Teerã, essa era a medida “certa” no caso, mas a administração voltou a acusar os Estados Unidos de apoiar a rede sunita.

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Em 4 de novembro, o Irã costuma marcar o aniversário da tomada da embaixada dos EUA na capital do país, em 1979. A ação ocorreu meses após a Revolução Islâmica, que derrubou o regime do xá apoiado pelos EUA. Os estudantes tomaram 52 diplomatas norte-americanos como reféns por 444 dias. Os iranianos argumentavam que agiam por causa da recusa de Washington em entregar o xá deposto, Mohammad Reza Pahlevi.

Hoje, várias bandeiras do Irã foram carregadas, ao lado de pôsteres do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei. A multidão aproveitou para cantar frases contra Israel. Os EUA e o Irã não mantêm relações diplomáticas desde essa invasão.

Este ano, os protestos ocorrem dias antes da aguardada retomada do diálogo sobre o programa nuclear iraniano. Funcionários dos EUA e do Irã devem voltar a dialogar sobre o tema. As potências lideradas pelos EUA temem que o Irã busque produzir armas em segredo, mas Teerã afirma ter apenas fins pacíficos. Ontem, Khamenei elogiou a tomada da embaixada, qualificando-a como um ato “intrépido” de nossa “jovem geração revolucionária”. As informações são da Dow Jones.

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