Em meio à crise, romenos escolhem novo presidente

Os romenos foram às urnas hoje pelas eleições presidenciais. A maior esperança é a de acabar com uma crise de liderança que ameaça um empréstimo de 1,5 bilhão de euros (US$ 2 bilhões) do Fundo Monetário Internacional. O país necessita desesperadamente dos recursos para aliviar a recessão.

O governo da Romênia entrou em colapso no mês passado em meio à disputa entre a coalizão de dois partidos e o FMI, que adiou o acesso da Romênia ao empréstimo de ajuda enquanto o país luta para estabelecer um novo governo.

O atual presidente, Traian Basescu, e seu principal rival, o ex-ministro de Relações Exteriores Mircea Geoana, descreveram esta eleição como uma das mais importantes votações que a Romênia já teve desde a queda do comunismo, em 1989.

Basescu, que representa a política de centro da Romênia, está concorrendo a um segundo mandato de cinco anos, enquanto Geoana comanda os sociais-democratas de esquerda e é presidente do Senado.

Existem informes de possíveis fraudes na eleição de hoje, em especial de locais de votação para casos excepcionais, para pessoas que não podem votar onde vivem. Após quase seis horas, mais de 157 mil pessoas tinham votado em tais centros, muito mais que o esperado, e testemunhas disseram que as pessoas eram levadas de ônibus para aqueles centros depois de já terem votado em outros lugares.

Conjuntura

Mais de 18 milhões de romenos são elegíveis a votar, mas não se espera que nenhum dos doze candidatos obtenha os mais de 50% dos votos no primeiro turno. As pesquisas de intenção de voto mostram que Basescu possui apenas ligeiramente à frente de Geoana, o que significa que provavelmente haverá um segundo turno em 6 de dezembro.

Basescu, que não pertence mais a nenhum partido por causa das exigências constitucionais, perdeu parte do apoio político por conta de sua tempestuosa relação com o parlamento e uma profunda crise econômica. Geoana é a favor de um abrangente governo de coalizão, enquanto Basescu quer formar um governo com o Partido Liberal Democrático, do qual era líder.

A economia da Romênia, que enfrenta uma profunda recessão, deve encolher ao redor de 8,5% este ano. O país precisa de um empréstimo do FMI para pagar os salários dos funcionários públicos e aposentadorias, mas é improvável que obtenha o dinheiro este ano, o que irá forçar 1,3 milhão de servidores a ficar sem a remuneração de oito dias em 2009.

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