Em julgamento, ex-líder de Taiwan se diz perseguido

O ex-presidente taiwanês Chen Shui-bian começou a ser julgado por corrupção nesta quinta-feira (26) e, em tom desafiador, acusou o novo governo do arquipélago de o estar perseguindo a serviço da China. Ele é acusado de apropriação indébita de quantia equivalente a mais de US$ 3 milhões de um fundo presidencial, de ter recebido subornos de pelo menos US$ 9 milhões e de ter lavado parte do dinheiro ao enviá-lo a contas bancárias na Suíça. Se condenado, Chen, de 58 anos, corre o risco de ser sentenciado a prisão perpétua.

Chen, que governou o território de 2000 a 2008, nega ser culpado das acusações. O ex-presidente acusa o atual, Ma Ying-jeou, de persegui-lo por causa de sua postura contrária a Pequim. China e Taiwan romperam em 1949, quando o grupo revolucionário liderado por Mao Tsé-tung venceu a Guerra Civil contra as forças nacionalistas de Chiang Kai-shek. Pequim considera Taiwan parte integrante de seu território e busca a reunificação, mas ameaça deflagrar uma guerra caso líderes nacionalistas busquem a independência. A tensão bilateral, no entanto, reduziu-se desde a posse, em maio de 2008, do nacionalista Ma Ying-jeou em Taiwan.

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