Em encontro com Hillary, Rússia rejeita sanções ao Irã

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, disse hoje que as ameaças de sanções ao Irã são contraproducentes. Moscou resiste aos esforços dos Estados Unidos para que concorde com novas medidas punitivas, caso Teerã não comprove o caráter pacífico de seu programa nuclear. Lavrov falou após se reunir com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, que tenta convencer o Kremlin sobre o acerto da postura dos EUA no impasse. Lavrov disse que a posição russa permanece a mesma.

Hillary disse que os EUA concordaram que se envolver em conversas diplomáticas com o Irã é importante. “Ao mesmo tempo, nós sempre olhamos para o potencial de sanções caso não tenhamos sucesso”, notou ela, na entrevista coletiva conjunta.

O Irã insiste em seu direito de possuir um programa nuclear com fins pacíficos, como a produção de energia. Porém países como EUA e Israel acreditam que Teerã busque também construir armas nucleares em segredo.

Progressos

Além de discutir o Irã, Lavrov disse que EUA e Rússia fizeram progressos “consideráveis” para firmarem um novo acordo sobre armas estratégicas. O Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Start, na sigla em inglês) expira em dezembro. Os negociadores se apressam para chegar a um novo texto.

Os dois diplomatas também discutiram a recente decisão de Obama de reformular uma proposta da era George W. Bush, de instalar um escudo antimísseis no Leste Europeu. O Kremlin via essa iniciativa como uma ameaça aos russos, apesar de os EUA afirmarem que a única intenção era evitar um possível ataque iraniano.

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