Aliança inquebrável

Em discurso, Obama promete defender Polônia e aliados

O discurso do presidente Barack Obama nesta quarta-feira em Varsóvia reafirmou e celebrou a “inquebrável” aliança com a Polônia e prometeu defender os aliados norte-americanos no leste da Europa. Antes do discurso, ele reuniu-se com o presidente eleito da Ucrânia e ofereceu ajuda militar ao país.

As palavras, proferidas no Dia da Liberdade, data que marca os 25 anos da volta da democracia na Polônia, fizeram frequentes referências à luta do país para romper ligações com a União Soviética comunista. Obama também citou enfaticamente as disposições da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), afirmando que “o ataque a um é um ataque a todos”.

“Nós estamos juntos porque acreditamos que os povos e nações têm o direito de determinar seus próprios destinos, o que inclui o povo da Ucrânia”, disse ele perante uma multidão de mais de 6 mil pessoas que se espalhavam pelas ruas próximas ao Castelo Real, um símbolo da independência polonesa.

“Nossos países livres permanecerão unidos de forma que novas provocações russas signifiquem apenas mais isolamento e custos para a Rússia”, afirmou o presidente norte-americano. “Porque depois de investir tanto sangue e riquezas para unir a Europa, nos recusamos a permitir que as táticas tenebrosas do século 20 definam o século 21.”

As declarações de Obama foram feitas logo depois do anúncio do envio de mais ajuda norte-americana para as Forças Armadas ucranianas, que incluem uniformes de proteção individual e óculos de visão noturna. Trata-se do primeiro envio desse tipo de material que vai ajudar diretamente as tropas ucranianas em sua batalha contra os separatistas pró Rússia.

Falando atrás de vidros de proteção, Obama declarou que “os dias de impérios e de esferas de poder estão acabados”. Num sinal do compromisso dos Estados Unidos, Obama lembrou a intensificação dos exercícios militares e do envio de forças para ajudar a treinar aliados no leste europeu após a intervenção da Rússia na Ucrânia.

Obama disse que a ocupação russa da região da Crimeia não será aceita pelos Estados Unidos. Ele também reiterou seu apoio ao novo governo de Kiev. Da mesma forma que os Estados Unidos apoiaram a Polônia quando o país deixou o comunismo, o país se manterá ao lado da Ucrânia. “A Ucrânia deve ser livre para determinar seu próprio futuro para si e por si mesma”, afirmou Obama, que mais cedo reuniu-se com o presidente eleito ucraniano, Petro Poroshenko. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

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