Com um dos mais baixos índices de aprovação de seu governo e diante de eleições legislativas cruciais em novembro, o presidente dos EUA, Barack Obama, pediu ao Congresso que eleve o salário mínimo, atue para fortalecer a classe média e ampliar as oportunidades de ascensão social e transforme 2014 em um “ano de ação”.

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Em seu discurso anual sobre o Estado da União, o presidente prometeu que será mais agressivo na utilização de seus poderes executivos, caso o Congresso continue a obstruir o andamento de suas propostas. “A América não vai ficar parada – e eu também não vou”, disse. Nos últimos 12 meses, Obama viu quase todas as suas iniciativas legislativas naufragarem em razão da oposição republicana na Câmara, o que transformou 2013 no mais improdutivo ano da história do Congresso.

“Hoje, depois de quatro anos de crescimento econômico, os lucros empresariais e os preços das ações raramente estiveram mais altos e aqueles no topo nunca estiveram tão bem. Mas a média dos salários mal se moveu. A desigualdade se aprofundou. A mobilidade social se estancou. O frio e duro fato é que mesmo no meio da recuperação, muitos americanos estão trabalhando mais para apenas sobreviver (…). E muitos ainda não estão nem trabalhando.”

A ideia de oportunidade está no centro da identidade americana, declarou Obama. “E o projeto que define nossa geração é restaurar essa premissa.” Para isso, o presidente propôs a ampliação do acesso à educação pré-escolar e apoio ao pagamento do estudo superior.

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Na sessão conjunta da Câmara e do Senado iniciada na noite desta terça-feira, 28, Obama anunciou que usará seu poder executivo para elevar o salário mínimo pago aos empregados de empresas que prestam serviços ao governo federal – o valor passará de US$ 7,25 para US$ 10,10 por hora para os que forem contratados a partir de agora.

O democrata elencou outras áreas nas quais atuará sem esperar o aval dos parlamentares, entre as quais está a criação de programas de treinamento, a aceleração do processo de aprovação de projetos de infraestrutura, a adoção de novas metas de eficiência energética e o estabelecimento de um novo sistema de poupança para aposentadoria.

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Mas em uma demonstração dos limites de seu poder executivo, Obama repetiu itens da agenda que apresentou ao Congresso há um ano, a maior parte não cumprida. O presidente voltou a pedir uma reforma de imigração que dê a oportunidade de obtenção da cidadania americana às 11 milhões de pessoas que vivem ilegalmente no país.