Com a cúpula de segurança nuclear que começa amanhã em Washington, o presidente dos EUA, Barack Obama, pretende mostrar que está fazendo sua lição de casa – e vai cobrar que potências emergentes como o Brasil façam a deles.
O encontro, cujo principal tema é o perigo do terrorismo nuclear – urânio enriquecido e plutônio caindo em mãos de terroristas -, é o mais recente capítulo da ofensiva da diplomacia de Obama na área nuclear. Na semana passada, ele anunciou a revisão da estratégia atômica do país, prometendo não atacar com armas nucleares países que respeitam o Tratado de Não-Proliferação. Na quinta, assinou uma nova versão do Start com a Rússia (leia mais nesta página). Agora, será o anfitrião da maior cúpula sobre segurança nuclear desde a reunião de São Francisco, em 1945. Obama quer usar essa ofensiva diplomática para estabelecer os EUA como líderes no campo de desarmamento e não-proliferação nuclear.
Ao mostrar que está fazendo sua parte, ele espera convencer Brasil e outros países a apoiar sanções contra o Irã no Conselho de Segurança das Nações Unidas e aderir ao protocolo adicional do Tratado de Não-Proliferação, que estabelece inspeções mais abrangentes em instalações nucleares.
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