Prisioneiros e policiais iraquianos com roupas camufladas votaram nesta quarta-feira (28) nas eleições provinciais. A votação em larga escala está programada para sábado. Mas urnas foram levadas para penitenciárias, hospitais e unidades policiais e militares. Mais de 1.600 locais de votação antecipada estavam disponíveis para que integrantes das forças de segurança, prisioneiros, funcionários de hospitais e pacientes pudessem votar.
Cerca de 14.400 candidatos – dos quais cerca de 3.900 são mulheres – disputam 444 cadeiras nos conselhos de 14 das 18 províncias iraquianas. As autoridades centrais em Bagdá ainda controlam as principais políticas do país, mas os conselhos têm ampla autoridade como a redução de acordos comerciais e o estabelecimento de prioridades para gastos.
Faraj al-Haidari, chefe da comissão eleitoral, disse que a votação foi aberta a detentos que esperam julgamento – mesmo aqueles acusados por ataques insurgentes ou de ligação com a Al-Qaeda no Iraque. Porém, aqueles condenados a mais de cinco anos de prisão não foram contemplados. As regras também englobam milhares de iraquianos que ainda são mantidos sob custódia dos Estados Unidos, disse ele.
As eleições provinciais vão acontecer mais tarde em três províncias governadas por curdos. Em Kirkuk, província rica em petróleo, a votação foi adiada por tempo indeterminado porque seus vários grupos étnicos poderiam não concordar com uma fórmula de divisão de poder.
Uma eleição sem sinais significativos de violência – por parte de insurgentes contrários ao governo e militantes presos a rivalidades locais – pode encorajar o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a manter sua promessa de campanha de retirar as tropas norte-americanas do país até maio de 2010. Mas qualquer ataque sério pode levantar dúvidas sobre a retirada e a capacidade das forças iraquianas de cuidarem sozinhas de grandes operações de segurança.
