Eleições municipais na Itália são teste para Berlusconi

Os italianos saíram para as eleições municipais por todo o país neste domingo, com o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, mantendo esperanças em evitar derrota em Milão. A votação, que continua na segunda-feira, é marcada por risco potencial para a estabilidade do governo e para a liderança de Berlusconi. As urnas fecham neste domingo e reabrem nesta segunda-feira.

Uma derrota em Milão seria uma pesada perda para Berlusconi e provavelmente desencadearia mais tensões com seus aliados. O primeiro-ministro foi enfraquecido por escândalos sexuais, enfrenta questões legais e foi atacado por aliados descontentes, incluindo a Liga do Norte, cujo suporte o governo depende. Berlusconi passa o fim de semana longe do olhar do público, em sua vila na Sardenha.

Mais de 5,5 milhões de italianos vão votar neste pleito. Em termos políticos, tudo se resume aos pleitos de Milão e, em menor extensão, Nápoles. Os conservadores mantiveram Milão, a capital financeira e da moda na Itália e o centro dos negócios de Berlusconi, por quase 20 anos. A cidade também é uma base central de poder para o principal partido da base governista, a Liga do Norte.

Mas no primeiro turno, há duas semanas, a candidata de Berlusconi, a prefeita Letizia Moratti, ficou atrás do oponente de centro-esquerda, Giuliano Pisapia, por mais de 6 pontos porcentuais.

Em Nápoles, outro pleito central, o candidato de Berlusconi, Gianni Lettieri, é visto como preferido depois da vitória no primeiro turno, embora não tenha obtido 51% dos votos para evitar o segundo turno. Seu oponente é o ex-magistrado Luigi de Magistris. Nápoles há tempos está sob controle do centro-esquerda, mas Berlusconi tem chances de sucesso por causa da falha da administração local na solução da crise do lixo e na redução da elevada taxa de desemprego.

Berlusconi insiste que a estabilidade de seu governo não será afetada pela votação local qualquer que seja o resultado, mas sua popularidade tem sofrido, diante dos problemas econômicos do país e de seus problemas legais pessoais. As informações são da Associated Press.

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