Os colombianos foram às urnas neste domingo para escolher seu presidente, em uma eleição que, segundo analistas, é um plebiscito sobre se a Colômbia deve continuar as negociações de paz com guerrilheiros marxistas. O pleito, porém, deve ter segundo turno.
“A paz está em jogo aqui”, disse Arlene Tickner, professora de relações internacionais da Universidade de Los Andes, em Bogotá.
O atual presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos – economista de 62 anos que é forte aliado dos EUA -, fez progresso nas conversas de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o que é considerado um marco da sua presidência. Ele promete chegar a um acordo definitivo de for reeleito para um segundo mandato de quatro anos.
No entanto, o apoio pelas negociações vem diminuindo devido ao tempo consumido e as agressões da Farc, incluindo a recente tortura e o assassinato de dois policiais. O principal adversário de Santos entre cinco candidatos, Oscar Iván Zuluaga, vem atacando fortemente o processo, dizendo que o governo daria a guerrilheiros imunidade judicial em troca do desarmamento.
“Não se pode fazer com que a paz dependa de defender as Farc, como esse governo quer”, disse Zuluaga, um ex-ministro de Finanças de 55 anos, em debate presidencial ocorrido na última quinta-feira.
As fortes críticas de Zuluaga e de seu mais importante apoiador e mentor, o ex-presidente Álvaro Uribe, ajudaram a diminuir a liderança que Santos tinha nas pesquisas anteriores. Em 15 de maio, o Instituto Gallup divulgou uma pesquisa mostrando que Zuluaga alcançou Santos nas intenções de voto – cada um com 29%.
Uma vez que nenhum dos dois deve obter os 50% de votos necessários para vencer no primeiro turno, ambos devem se enfrentar no segundo turno, em 15 de junho. Segundo o Instituto Gallup, Zuluaga deve vencer o confronto. Fonte: Dow Jones Newswires.