O Tribunal Eleitoral de El Salvador declarou o candidato de esquerda e ex-comandante rebelde Salvador Sánchez Cerén o vencedor da contestada eleição presidencial no país.

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Com 100% dos votos contabilizados, a corte anunciou em seu site logo após a meia-noite (horário local) que Cerén, candidato do partido governista Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN) recebeu 50,1% dos votos no pleito realizado no domingo. Norman Quijano, da sigla conservadora Aliança Republicana Nacionalista (Arena), conquistou 49,9% dos votos.

Com cerca de três milhões de votos no segundo turno presidencial da eleição, Cerén venceu por menos de 7 mil votos. Ele é o primeiro comandante rebelde a chegar à Presidência do país e sucederá a Mauricio Funes, jornalista que apoiou a FMLN durante a guerra civil, mas nunca foi guerrilheiro. Cerén, de 69 anos, e seus apoiadores celebraram a vitória em um hotel no centro de San Salvador, mas logo após o anúncio ele pediu que fossem para casa e ficassem calmos. “Este é um momento muito empolgante, mas também um momento de comprometimento para a FMLN”, disse Lorena Pena, congressista do partido.

Quijano, de 67 anos, afirmou que contestará os resultados porque alega que houve fraude na votação, incluindo múltiplos votos de apoiadores da FMLN. Líderes da Arena disseram que continuarão indo às ruas para exigir a recontagem. Quijano tem organizado protestos e pediu ao Exército que defenda o país contra a suposta fraude, mas o ministro da Defesa, David Munguia Payes, e os principais comandantes do Exército disseram em entrevista coletiva na quarta-feira que ficarão afastados dessa disputa. Fonte: Associated Press.

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