Uma decisão judicial pôs fim a três meses de Estado de emergência no Egito, informou nesta terça-feira um funcionário do governo empossado depois do golpe militar que derrubou o presidente Mohammed Morsi.

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Ao analisar o caso, um tribunal do Cairo determinou que a vigência do estado de emergência expirou hoje, dois dias antes do informado pelo Ministério de Interior do Egito.

 

A discrepância ocorreu, segundo o tribunal, porque o estado de emergência foi imposto em 14 de agosto e depois prorrogado em 12 de setembro, motivo pelo qual sua validade expira hoje, e não em 14 de novembro.

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Com o fim do estado de emergência, termina também o toque de recolher. O porta-voz disse que o governo acatará a decisão, mas esperará recebê-la por escrito.

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Ontem, o general Mohammed Ibrahim, ministro de Interior do Egito, disse que o toque de recolher expiraria na quinta-feira e não seria renovado, já que uma nova prorrogação do estado de emergência exigiria a realização de um referendo.

Em declarações divulgadas pela agência estatal de notícias, o general Ibrahim afirmou que a segurança seria reforçada assim que o toque de recolher expirasse.

O governo interino empossado depois do golpe impôs o toque de recolher como parte do estado de emergência declarado em 14 de agosto, quando forças de segurança dispersaram violentamente duas concentrações de manifestantes que exigiam a restauração da democracia e o retorno de Morsi ao poder. Centenas de pessoas morreram na ofensiva contra os manifestantes e mais de mil pessoas perderam a vida nos dias seguintes, quando a violência tomou conta das ruas de diversas cidades egípcias. Fonte: Associated Press.