Egito propõe patrulhamento nas fronteiras de Gaza

O Egito propôs que uma força palestina leal ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, seja enviada para a fronteira da Faixa de Gaza com o Egito para conter o contrabando de armas, como parte de um acordo para colocar fim à guerra no território controlado pelo Hamas, segundo disseram fontes do governo israelense neste sábado.

O plano também prevê o envio de uma força egípcia reforçada ao longo da fronteira da Faixa de Gaza com o Egito, que seria auxiliada por especialistas estrangeiros para destruir túneis de contrabando, disseram fontes à AFP.

A proposta do Egito é uma “versão melhorada” de um acordo de 2005 para a passagem na fronteira de Rafah, que exige a presença de forças da Autoridade Palestina e observadores da União Europeia (UE), disse uma fonte do setor de defesa.

O Egito está agora propondo que a Autoridade Palestina – que foi expulsa da Faixa de Gaza pelo Hamas em junho de 2007 – envie uma grande força com autoridade reforçada, disse uma fonte do governo israelense.

“A força palestina seria maior e teria mais autoridade nos pontos de passagem e ao longo de toda a fronteira. Ela também terá comunicações fortalecidas com a Autoridade Palestina em Ramallah (capital política da Cisjordânia)”, disse essa fonte. “As forças palestinas vão patrulhar a rota Philadelphi (uma área que se estende ao longo da fronteira da Faixa de Gaza com o Egito) e vão evitar o contrabando ao longo da fronteira em cooperação com o Egito”, acrescentou.

Ao mesmo tempo, Cairo está propondo o envio de mais forças ao longo de sua fronteira com a Faixa de Gaza, um movimento que exigiria uma emenda ao acordo de paz de 1979 entre Israel e o Egito, que limita o número de tropas egípcias na península do Sinai.

As forças egípcias trabalhariam em cooperação com um grupo de engenheiros estrangeiros que localizariam e destruiriam túneis de contrabando ao longo da fronteira. Segundo fontes da defesa de Israel, o governo israelense “seria a favor” de tal acordo.

Os egípcios apresentaram suas propostas em conversas com o enviado israelense Amos Gilad, um assessor sênior do ministro de Defesa israelense, Ehud Barak. Gilad visitou Cairo na quinta-feira e espera-se que retorne à capital do Egito na próxima semana.

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