Representantes egípcios reuniram-se nesta terça-feira (13) com integrantes do Hamas, no Cairo, para discutir uma proposta de trégua. O Egito fez um apelo oficial para que o grupo islâmico assine “agora” o acordo, na expectativa de anunciar um cessar-fogo antes do final da semana. A delegação do Hamas participará ainda nesta terça de outra rodada de conversações com o chefe da inteligência egípcia, Omar Suleiman.

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“Estamos trabalhando seriamente com o Hamas, precisamos encerrar as incertezas e eles precisam dizer sim, agora, ao nosso plano”, afirmou um alto diplomata egípcio, que pediu para não ser identificado, à agência France Presse. “O Egito espera que a máquina de guerra israelense possa ser parada até o final da semana e que os massacres acabem”. Mais de 900 palestinos já morreram e 4 mil ficaram feridos em 18 dias confrontos.

O diplomata disse que Israel “parece agora concordar” com o plano de trégua lançado pelo presidente egípcio Hosni Mubarak uma semana atrás, mas o Hamas resiste a assinar o acordo. O plano pede um cessar-fogo por um tempo predeterminado, assegurando os túneis que Israel afirma que são usados para contrabandear armas do Egito para Gaza, a abertura de enclaves na fronteira e o restabelecimento das conversações com os palestinos.

O grupo de negociadores do Hamas é composto por cinco membros, três da liderança política exilada em Damasco e dois da Faixa de Gaza. Os delegados do Hamas, sediados na Síria, têm feito várias viagens entre Cairo e Damasco nos últimos dias, informando aos líderes exilados do grupo os resultados de suas conversações.

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“Os delegados do Hamas provenientes de Damasco demonstraram mais paciência enquanto as pessoas em Gaza estão mais na pressa de acabar com isso”, disse o diplomata. Segundo ele, “o problema é que até agora não tem havido negociações de verdade, compromisso ou respostas claras desse grupo”.

Dois pontos de discórdia são a possível presença de uma força multinacional de observadores no lado palestino da fronteira de 14 quilômetros com o Egito e a duração de uma eventual trégua.

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“O Hamas diz que não aceita a exigência desta força enquanto Israel também não aceitar. O Estado judeu quer uma trégua por tempo indefinido e os islâmicos querem um cessar-fogo por um período fixo, cerca de seis meses”, disse o diplomata. As informações são da Dow Jones.