As forças de segurança do Egito invadiram um apartamento na região leste do Cairo logo cedo nesta quarta-feira e prenderam o vice-líder do braço político da Irmandade Muçulmana, Essam el-Erian, que vinha sendo procurado pela polícia egípcia desde o golpe de julho que derrubou o presidente islâmico Mohammed Morsi. A informação foi confirmada hoje pelo Ministério do Interior
El-Erian foi preso pelas forças de segurança egípcias após uma pista que os levou a um apartamento no subúrbio de Novo Cairo, disse uma fonte da polícia que pediu para não ser identificada. Ele era um dos poucos líderes da Irmandade Muçulmana que ainda não havia sido preso. El-Erian é considerado uma liderança mais moderada, mas tornou-se mais radical e passou para a clandestinidade após o golpe de 3 de julho que tirou Morsi da presidência do Egito.
A partir de seu esconderijo, el-Erian vinha distribuindo mensagens aos seguidores da Irmandade Muçulmana, pedindo que denunciassem o golpe e exigissem a reposição de Morsi no cargo. Em recente mensagem gravada veiculada pela rede de TV Al-Jazeera, el-Erian criticou os militares egípcios e autoridades interinas e convocou seus apoiadores, incluindo estudantes, a manterem os protestos.
A prisão de el-Erian ocorreu poucas horas após três juízes que presidem o julgamento de mais de 30 membros da Irmandade Muçulmana, incluindo a principal liderança espiritual e chefe financeiro do grupo, terem renunciado ontem depois que agências de segurança se recusaram a permitir que os defensores assistissem às sessões do julgamento. Fonte: Associated Press.