Promotores egípcios afirmaram neste sábado, 13, que estão olhando para novas queixas contra o presidente deposto Mohammed Morsi e também contra alguns membros da Irmandade Muçulmana. Segundo um porta-voz do escritório Adel al-Saeed, as denúncias apresentadas incluem a colaboração com órgãos estrangeiros para prejudicar interesses nacionais, a provocação da morte de manifestantes civis, a posse de armas e explosivos e prejuízos à economia do país. Até o momento, não se sabe quem fez as queixas.
Autoridades também disseram que vão prosseguir com as investigações sobre as alegações que Morsi e 30 outros líderes da Irmandade Muçulmana escaparam da prisão em 2011, com a ajuda do grupo militante palestino Hamas. A fuga ocorreu em meio à revolta que derrubou o então presidente Hosni Mubarak.
Neste sábado, parlamentares islamitas da Câmara Alta do Parlamento do Egito pediram o retorno de Morsi e também clamaram para que outros Parlamentos não reconheçam a liderança militar nomeada recentemente. O pedido foi feito por cerca de 20 membros do Conselho Shura, que era a única Câmara Legislativa do Egito desde que um tribunal ordenou a dissolução da Câmara Baixa no ano passado até a derrubada de Morsi no dia 3 de julho.
Os parlamentares, que participaram de uma manifestação pacífica no leste do Cairo, acusaram os militares de tentarem restaurar um regime “corrupto e ditatorial”. Morsi foi o primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, sucedendo o governo autocrático de longo prazo de Hosni Mubarak, que renunciou em 2011. O Exército depôs Morsi após milhares de manifestantes tomarem as ruas para exigir sua saída. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.