A polícia egípcia prendeu nesta terça-feira Gehad el-Haddad, o principal porta-voz de língua inglesa da Irmandade Muçulmana. Outros cinco membros do grupo também foram presos, todos acusados de incitar a violência, segundo informaram as autoridades egípcias.
De acordo com uma fonte militar, documentos que estavam sob posse do porta-voz foram aprendidos e serão analisados durante uma investigação. O grupo foi encontrado em dois apartamentos localizados no subúrbio do Cairo, capital do Egito.
O porta-voz preso é filho do assessor de política externa do presidente Mohamed Morsi, deposto em um golpe militar em 3 de julho. Entre os demais presos há também um ex-governador local, identificado como um dos líderes da Irmandade.
Desde que Morsi foi derrubado, a violência contra a segurança e os prédios do governo egípcio vem aumentando em todo o país. Autoridades do exército responsabilizam a Irmandade Muçulmana e os apoiadores do ex-presidente pelos ataques e afirmam que eles tentam desestabilizar o novo governo. A Irmandade nega as acusações.
Gehad el-Haddad vinha aparecendo regularmente na mídia internacional e se tornou uma das figuras mais conhecidas da Irmandade. Ele era comumente visto em canais internacionais de notícias defendendo a política adotada pela Irmandade Muçulmana antes e depois do golpe.
Depois que o exército egípcio massacrou mais de mil manifestantes partidários de Morsi, Gehad el-Haddad passou a falar à imprensa internacional às escondidas e a postar informações sobre a situação local em uma rede social na internet. Reconhecido por ser um dos membros mais radicais da Irmandade Muçulmana, Gehad el-Haddad se recusava e fazer qualquer negociação com as autoridades militares no poder. Fonte: Associated Press.