Os egípcios se dirigiam às urnas novamente nesta quinta-feira, na segunda fase das eleições que escolherão o primeiro Parlamento pós-revolução, e os liberais enfrentam difícil batalha para competir com os partidos islâmicos.

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Dez meses após a revolta popular que derrubou o regime do ditador Osni Mubarak, que estava no poder havia 30 anos, a nova paisagem política no Egito tende a ser dominada pelos partidos islâmicos, que conquistaram dois terços dos votos na etapa de abertura do pleito. As sessões de votação serão abertas às 8h da manhã, no horário local (por volta de 4h da manhã em Brasília), em um terço das 27 províncias do país.

O segundo turno das eleições, de três estágios, ocorre na “cidade gêmea” do Cairo, Giza; em Beni Sueif, capital da província de Beni Sueif; nas províncias do Delta do Nilo Menufiya, Sharqiya e Beheira, e nas cidades do canal Ismailiya e Suez, além das cidades de Sohag e Aswan, ao sul do Egito.

Os eleitores são obrigados a lançar um terceiro voto – dois para candidatos individuais e um terceiro para escolher um partido ou coligação -, na assembleia de 498 assentos. O conselho militar que tomou o poder provisoriamente depois que Mubarak foi deposto, em fevereiro, nomeará mais dez deputados.

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Os partidos filiados à Irmandade Muçulmana e aos movimentos ultraconservadores Salafi conquistaram 65% de todos os votos na primeira fase, vencendo os partidos liberais que conseguiram apenas 29,3% dos votos. As informações são da Dow Jones.