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Duterte quer aumentar prazo para lei marcial no sul das Filipinas

O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, pediu nesta sexta-feira, 7, permissão ao Congresso para estender em mais um ano a lei marcial em vigor no sul do país desde maio de 2017. Segundo o presidente filipino, o prazo maior é necessário para prevenir supostos ataques de grupos filiados ao Estado Islâmico (EI), que têm influência na região de Mindanao.

As informações foram divulgadas por Salvador Medialdea, secretário do governo, sem revelar mais detalhes dos planos de Duterte. “O presidente do Senado e da Câmara convocarão uma sessão conjunta, provavelmente por solicitação do presidente, para a extensão da lei marcial”, disse em mensagem.

Duterte conseguiu o aval dos congressistas nas duas vezes anteriores em que pediu a ampliação da lei marcial, em julho e em dezembro de 2017. Caso o Congresso não aprove a decisão, a atual lei marcial expira no fim deste ano.

A lei está em vigência em toda a região de Mindanao depois que jihadistas do grupo Maute, ligado ao EI, tomaram parte da cidade de Marawi, liberada cinco meses depois. Grupos como Abu Sayaf, também ligado ao Estado Islâmico, cometeram mais de uma dezena de atentados com explosivos, que causaram centenas de mortos.

Trégua

Rebeldes maoístas nas Filipinas declararam cessar-fogo nesta sexta devido às festividades de final de ano, suspendendo ataques militares de 24 a 26 de dezembro e de 31 de dezembro a 1º de janeiro.

O Partido Comunista, que trava uma guerra de mais de 50 anos nas Filipinas, afirmou em uma declaração que a suspensão dos ataques está “em unidade com cumprimento com as festas tradicionais de final de ano.” A maior parte dos filipinos é católica.

O secretário de Defesa do governo, Delfin Lorenzana, rejeitou a proposta dos comunistas. Ele diz que, pela primeira vez em 30 anos, o governo não irá deixar de fazer ofensivas militares nessa época do ano. “Nós estamos nos enganando sobre o cessar-fogo”, disse. “Para quê? Para dar a eles liberdade para se reagrupar e se renovar depois do cessar-fogo.”

O porta-voz dos militares, o general brigadeiro Edgard Arevalo, disse que forças do governo não quiseram dar aos rebeldes a oportunidade de “fazer propaganda” e que não haveria pausa nas operações de combate.

As forças rebeldes são estimadas em 3 mil combatentes e travam uma batalha de guerrilha em zonas rurais por quase 50 anos em um conflito que já matou mais de 40 mil pessoas.

Ataques dos rebeldes impediram o crescimento em áreas ricas no sudeste das Filipinas, já que os guerrilheiros atacam minas, plantações e companhias de construção e telecomunicação. Eles exigem “uma taxação revolucionária” para financiar a causa deles.

Desde 1986, o governo tem aberto e fechado negociações com os rebeldes maoístas, mas o presidente Rodrigo Duterte, eleito em 2016, abandonou as conversas por causa dos ataques e de taxação. Com Agências Internacionais

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