O ex-presidente da Argentina Eduardo Duhalde relançou a pré-candidatura a presidente para as eleições de outubro. Duhalde havia desistido da disputa com o governador de San Luis, Alberto Rodriguez de Saá, nas primárias regionais do Peronismo Federal (PF), também chamado de peronismo dissidente, que é uma sublegenda do Partido Justicialista (PJ). Duhalde e Saá se desentenderam durante a terceira eleição primária, há pouco mais de uma semana, e o ex-presidente decidiu lançar agora a pré-candidatura por outra sublegenda do PJ, a Unión Popular (UP).

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Saá, por sua vez, declarou-se o único candidato do peronismo dissidente. A oposição argentina está cada vez mais pulverizada, apesar das inúmeras tentativas de formar uma aliança opositora. Duhalde se lançou com fortes críticas ao governo da presidente Cristina Kirchner e ao movimento kirchnerista da Frente para la Victória (FPV), criado por ela e pelo marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, que morreu em outubro de um enfarte.

Ele também criticou os líderes da oposição por dificultar a construção de uma frente para enfrentar o kirchnerismo. “Para mim, não existem limites nas negociações para formar alianças”, disse, em referência aos demais líderes que não aceitam aliados, como o prefeito de Buenos Aires, Maurício Macri, dirigente do partido Proposta Republicana (PRO), de centro-direita.

“Hoje, o peronismo está numa situação muito complexa e eu vou chegar à presidência com o partido no qual fiz minhas primeiras armas políticas”, disse Duhalde sobre o UP. As eleições internas primárias do Peronismo Federal têm oito etapas. Saá tenta restringir a votação às capitais das províncias. Duhalde defende uma votação ampla. Todas as pesquisas de opinião sobre intenção de voto apontam para uma vitória de Cristina nas eleições do país. Embora não tenha confirmado a intenção de disputar, ela é a favorita a vencer no primeiro turno.

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