Dois explosivos foram jogados hoje contra o Ministério da Saúde da Tailândia, logo depois de o primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva ter realizado a reunião semanal de seu gabinete no local, escolhido para evitar os protestos contrários ao governo, disseram autoridades. Não houve feridos.
Abhisit e seus ministros já haviam deixado o complexo quando as explosões aconteceram em um estacionamento a céu aberto localizado a algumas centenas de metros do local da reunião, disse o ministro da Saúde, Jurin Laksanawisit. As explosões, que, acredita-se, foram causadas por granadas, destruíram os vidros de vários carros.
“As explosões tinham a clara intenção de atrapalhar o governo e destruir a confiança que ele (o governo) tenha conquistado”, disse o porta-voz o governo, Panitan Wattanayagorn. A polícia investiga quem pode estar por trás do ataque. Na reunião, o gabinete votou a extensão de uma severa lei de segurança em Bangcoc por sete dias, de forma que ela esteja vigente durante um grande protesto contra o governo previsto para sábado.
Cerca de cem mil pessoas participaram de um evento semelhante no último fim de semana. Os manifestantes atrapalharam o trânsito, mas o protesto foi pacífico, apesar das preocupações sobre violência. Abhisit disse, antes de deixar o Ministério da Saúde, que o Ato Interno de Segurança “tem sido uma ferramenta eficiente na manutenção de nosso objetivo que é manter a lei e a ordem”.
O ato, que foi inicialmente invocado no período de 9 a 23 de março, cobre Bangcoc e duas províncias próximas onde há escritórios do governo e o aeroporto internacional de Suvarnabhumi, disse Abhisit. Ele dá ao primeiro-ministro autoridade para usar o Exército para restaurar a ordem e permite que o governo imponha toques de recolher e restrições à liberdade de movimento em situações consideradas perigosas para a segurança nacional.