DNA identifica acusado por crimes de guerra na Sérvia

Exames de DNA confirmaram a identidade de Stojan Zupljanin, de 57 anos, detido suspeito por crimes de guerra na Sérvia. Ele havia alegado para as autoridades do país que não era a pessoa procurada. Zupljanin estava foragido havia nove anos e foi preso na quarta-feira. Ele foi comandante da polícia servo-bósnia e é acusado de crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII), em Haia.

Detido em Pancevo, a 20 quilômetros de Belgrado, Zupljanin é acusado de monitorar campos de prisioneiros mantidos pelos sérvios, durante a guerra dos Bálcãs, iniciada em 1992 e encerrada três anos depois. Depois do conflito, a Bósnia-Herzegovina tornou-se independente da Federação Iugoslava hoje extinta. Inicialmente, ele foi acusado por genocídio, em 1999. Posteriormente, a acusação foi mudada para crimes de guerra e contra a humanidade.

A União Européia pediu a transferência do suspeito para o tribunal em Haia "sem demora". Também pediu que as autoridades sérvias "ampliem os esforços" para capturar os três fugitivos de guerra restantes. Dois importantes acusados ainda estão desaparecidos: o líder servo-bósnio da época da guerra Radovan Karadzic e o comandante militar general Ratko Mladic, ambos procurados por genocídio.

A Sérvia, que deseja ingressar na União Européia, sofre pressão do bloco para que prenda todos os acusados de crimes de guerra.

Na semana passada, o promotor da ONU Serge Brammertz observou num documento apresentado ao Conselho de Segurança (CS) da ONU que os quatro foragidos estariam "ao alcance das autoridades sérvias".

Até o momento, a Sérvia já entregou 42 suspeitos ao tribunal internacional. A detenção de Zupljanin é a primeira de um suspeito procurado pelo TPII em meses.

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