Um chinês que matou com um cutelo sete crianças em um jardim-de-infância, algumas de apenas três anos, havia discutido com a administradora da escola em relação ao contrato de aluguel da propriedade, disseram hoje vizinhos. Essa poderia, portanto, ser a motivação para o ataque do dia anterior, o mais recente ocorrido em escolas do país.
A administradora da escola e mãe dela também morreram no atentado, que deixou 11 crianças hospitalizadas. Foi o mais mortífero dos cinco similares ocorridos em menos de dois meses, apesar do reforço na segurança nos estabelecimentos de ensino chineses, com seguranças, policiais, portões e câmeras.
Os ataques suscitam preocupação pelas crescentes pressões, em uma sociedade chinesa que muda vertiginosamente. Há também o problema da falta de recursos para diagnosticar e tratar pessoas com enfermidade mentais perigosas.
Hoje a polícia isolou o jardim-de-infância privado Templo Shengshui, nas proximidades de Hanzhong, uma cidade industrial de quatro milhões de habitantes. O autor do ataque de ontem era uma pessoa familiar na área, disseram médicos e moradores. O agressor, Wu Huanming, de 48 anos, suicidou-se em sua casa após o ataque.
Os vizinhos disseram que Wu Huanming habia alugado a casa para a administradora e professora Wu Hongying, a fim de que o local funcionasse como escola para crianças. Eles, porém, tiveram uma disputa envolvendo o aluguel. O homem exigiu a devolução da propriedade, mas Wu Hongying pediu a ele que esperasse até as férias, segundo os relatos dos vizinhos.
