O diplomata brasileiro Paulo Pinheiro, chefe da comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) que investiga denúncias de violações dos direitos humanos na Síria, afirmou nesta segunda-feira que o país está “em queda livre” e transformou-se num campo de batalha onde civis são as vítimas principais de “atos de terror” que vão de bombardeios indiscriminados a estupro e violência sectária.
“Massacres e outros atos criminosos são perpetrados impunemente”, declarou Paulo Pinheiro perante a Assembleia Geral da ONU. Ele atribuiu os crimes tanto a forças pró-governo quanto a grupos armados que lutam para depor o presidente da Síria, Bashar Assad.
Pinheiro conclamou o governo a suspender o uso de armas imprecisas, especialmente em áreas civis, e disse que os dois lados devem parar de impor cerco a cidades, interrompendo o abastecimento às populações sitiadas.
O diplomata defendeu ainda que a comunidade internacional exija uma solução diplomática para o conflito que matou mais de 100 mil pessoas nos últimos dois anos e meio. Fonte: Associated Press.