Dia do Trabalho na Europa é marcado por protestos

No primeiro Dia do Trabalho desde a eclosão da crise financeira global, trabalhadores realizaram protestos hoje em diversas cidades da Europa. Houve violência e confrontos entre a polícia e manifestantes em alguns locais, como Grécia, Alemanha e Turquia. No entanto, o número de participantes nos protestos ficou abaixo do esperado pelos sindicatos de alguns países.

Em Paris, sindicatos se uniram pela primeira vez em décadas para realizar uma marcha que esperava reunir milhares de pessoas. Segundo a polícia, o número de manifestantes em algumas cidades francesas foi muito maior do que o registrado no ano passado. Quase 300 pequenas manifestações estão programadas para hoje em toda a França.

Na Itália, líderes sindicais transferiram as manifestações da capital do país para L’Áquila, cidade que foi atingida por um terremoto em abril. A transferência foi uma forma de demonstrar solidariedade para com as centenas de pessoas que perderam o emprego depois que a economia local foi fortemente prejudicada pelo terremoto. Na Espanha – que era uma das mais fortes economias da Europa e agora registra a maior taxa de desemprego da sua história – milhares de pessoas participaram dos protestos. Ainda assim, o número de manifestantes ficou abaixo da expectativa dos sindicatos.

Na Turquia, que somente na semana passada declarou o Dia do Trabalho como feriado, sindicalistas protestaram em um local onde dezenas de pessoas foram mortas em manifestações nesse mesmo dia há 30 anos. O evento foi marcado por confrontos entre a polícia e líderes esquerdistas e pelo menos 26 pessoas foram detidas.

Violência

Um protesto na capital da Alemanha se tornou violento depois que esquerdistas atiraram garrafas e objetos em chamas contra a polícia. Um grupo de 400 pessoas bloqueou uma linha de bonde sentando nos trilhos. A polícia disse que dezenas de pessoas foram detidas em Berlim e outras 200 na cidade de Dortmund, onde manifestantes lançaram explosivos e pedras contra pedestres e a polícia.

Autoridades da Grécia usaram granadas para dispersar manifestantes em Atenas depois de ataques a bancos e a câmeras de vigilância de tráfego. Não foram registrados prisões ou feridos, mas os transportes públicos e os voos da empresa aérea Olympic Airlines foram afetados. A polícia russa enfrentou manifestantes que se reuniram para criticar o governo. Em Moscou, a polícia afirmou que quatro esquerdistas foram detidos depois de tentarem acender chamas perto do Kremlim. Dezenas de pessoas foram presas em São Petersburgo.

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