Mais de 60 pessoas foram mortas hoje na Síria por conta da luta entre as tropas leais ao ditador Bashar Assad e os rebeldes que exigem sua deposição.

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Hoje é o primeiro de quatro dias de um cessar-fogo que foi acordado com a mediação de Lakhdar Brahimi, enviado da ONU e da Liga Árabe para o confronto, entre o regime e lideranças rebeldes. A trégua foi proposta por ocasião do feriado muçulmano de Eid al Adha. Ambos os lados, porém, já tinham feito a ressalva de que combateriam caso os adversários o fizessem.

O episódio mais grave foi o da explosão de um carro-bomba na capital Damasco, em frente a uma mesquita. O ataque ocorreu em um bairro de maioria sunita, grupo do qual a maioria dos rebeldes faz parte. A agência estatal de notícias Sana informou que cinco pessoas morreram e outras 32 ficaram feridas.

Prédios também foram danificados e várias ambulâncias foram enviadas ao local. Não há confirmação sobre o alvo ou a autoria do ataque.

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O cessar-fogo serviu para minimizar a violência e interromper os bombardeios aéreos, segundo avaliação do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) –que, apesar de sediado em Londres, tem sido a principal fonte de informações sobre o confronto, já que o regime sírio restringe a atuação da mídia internacional.

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Conforme a ONG, ao menos 61 pessoas -21 civis, 27 soldados e 13 rebeldes- morreram em todo o país.

O confronto entre tropas leais e rebeldes dura 19 meses e já matou mais de 32 mil pessoas, ainda segundo o OSDH. Por causa dele, as tensões no mundo muçulmano se acirraram, já que o xiita Irã apoia Bashar Assad, que é alauita, enquanto nações de maioria sunita, como a Arábia Saudita, a Turquia e o Qatar, dão apoio às descentralizadas tropas rebeldes.