Pelo menos cinco pessoas morreram e dezenas – a maioria mulheres – estão presas nos escombros de uma fábrica que desmoronou nesta segunda-feira na cidade paquistanesa de Lahore. O prédio de três andares, onde eram produzidos medicamentos veterinários, ruiu após uma explosão de gás no local, informou a polícia.
Equipes de resgate escavavam os escombros com as próprias mãos, desesperados para atender o pedidos de ajuda das pessoas presas embaixo de lajes de concreto.
Segundo a polícia, a fábrica estava em situação ilegal e não tinha registro. Os policiais procuravam os proprietários e pretendiam detê-los.
O acidente ocorrido na instalação, que já tinha 25 anos, deve levantar questionamentos sobre os procedimentos de segurança das empresas e também sobre o uso de trabalho infantil, já que um menino de 12 anos está entre os mortos.
“Três corpos foram retirados. Duas mulheres e uma criança. Há outros dois corpos de mulheres sob os escombros”, disse o policial Ghulam Mehmood Dogar, que estava no local do incidente.
“Dezoito pessoas foram localizadas e estima-se que entre 45 e 50 estejam sob os escombros”, disse ele.
Mohammad Asif, que participa dos resgates, também afirmou que cinco pessoas morreram e que são quatro mulheres e uma é criança. O resgate é dificultado porque as ruas da congestionada área da rua Multan são estreitas, o que complica o envio de maquinários para o local.
“Estamos tentando enviar guindastes para remover uma laje de concreto muito pesada. Sob ela, ainda ouvimos pedidos de socorro. Os trabalhadores eram em sua maioria mulheres e crianças que cuidavam da embalagem dos medicamentos”, disse Asif.
Segundo Dogar, a causa do desastre foi “provavelmente” a explosão de uma caldeira e de um cilindro de gás. A polícia procurava os três sócios da fábrica, mas que até o momento ninguém havia sido detido.
As equipes de resgate usavam martelos, machados, cinzéis e pás para retirar os escombros e os feridos.
A população de Lahore, localizada a 253 quilômetros a sudeste da capital, Islamabad, é de 8 milhões de habitantes. A cidade é considerada a capital cultural do Paquistão. As informações são da Dow Jones.
