Los Angeles
– Observando um ponto a 1,6 bilhão de quilômetros para além de Plutão, o nono e último planeta do Sistema Solar, astrônomos encontraram um corpo celeste congelado -um “planeta” – com 1,3 mil quilômetros de diâmetro, algo que representa a maior descoberta sobre o Sistema desde que o próprio Plutão foi descoberto, há 72 anos.O objeto tem cerca de 10% do diâmetro da Terra e completa uma órbita ao redor do Sol a cada 288 anos, a uma distância de 6 bilhões de quilômetros. Ele tem metade do tamanho de Plutão, mas parece ser maior que Caronte, a lua do nono planeta.
“É quase do tamanho de todos os asteróides juntos, então é uma coisa bem grande”, disse o astrônomo Michael Brown, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena.
Brown e o pesquisador de pós-doutorado Chadwick Trujillo descobriram o planeta em fotos tiradas em 4 de junho. A descoberta foi anunciada ontem, em Birmingham, Alabama, num encontro da divisão de Ciências Planetárias da Sociedade Astronômica Americana.
Os dois usaram um telescópio do Observatório Palomar. O Planeta foi batizado, provisoriamente, de Quaoar (pronuncia-se “quá-ou-uar”), uma entidade da mitologia dos índios do Sul da Califórnia. A descoberta foi confirmada pelo Telescópio Hubble.
Pesquisas mostram que Quaoar já havia sido fotografado várias vezes desde 1982, mas ainda não tinha sido notado.
Quaoar localiza-se no chamado Cinturão de Kuiper, um enxame de objetos -gelo e rochas – de gira ao redor do Sol além da órbita de Netuno. O cinturão é considerado um conjunto de “sobras” do grande disco de matéria que se condensou para dar origem ao Sistema Solar, a cerca de 5 bilhões de anos.
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