O descarrilamento de um trem, na madrugada de hoje no leste da Índia, matou pelo menos 65 pessoas e deixou 200 feridos, segundo funcionários. Os sobreviventes contavam sobre a noite de gritos e caos, após o descarrilamento, e afirmaram que o resgate demorou mais de três horas. Há suspeita do envolvimento de rebeldes maoistas. O descarrilamento provocou um choque entre o trem de passageiros e um trem de carga, perto da pequena cidade de Sardiha, 150 quilômetros a oeste de Calcutá, no Estado de Bengala Ocidental.
Autoridades divergiam sobre a causa do descarrilamento. Alguns falavam em uma explosão, enquanto outros atribuíam o problema a uma sabotagem na linha do trem. O ministro do Interior, Palaniappan Chidambaram, disse em comunicado que uma parte dos trilhos foi cortada, mas “não está ainda claro se houve o uso de explosivos”.
O principal oficial de polícia de Bengala Ocidental, Bhupinder Singh, disse que folhetos de um grupo local, chamado Comitê do Povo Contra as Atrocidades da Polícia, foram encontrados perto da cena do ataque. A suspeita é a de que esse grupo tenha vínculos próximos com os maoistas. Já um porta-voz do grupo, Asit Mahato, negou qualquer envolvimento com o fato, segundo a agência Press Trust of India.
A área é foco de atuação dos rebeldes maoistas indianos, que ampliaram seus ataques nos últimos meses e convocaram uma greve geral de quatro dias a partir de hoje. Este mês, rebeldes já haviam realizado uma emboscada contra um ônibus no centro da Índia, matando 31 pessoas, entre policiais e civis.